Porca miséria... Porca Justiça...
A justiça anda cega, rota, cambaleante
E deliberadamente parcial a sua balança
Cujos pratos, para quem não é importante,
Sobrepesam os erros e corroem a esperança.
Ao olhar para baixo, seus olhos vendados
Vêm até o que não há e a espada desce abrupta
Ceifando a liberdade dos que já são condenados
Antes de julgá-los a senhora cega e corrupta.
Mas, ataca-lhe a labirintite ao olhar para o alto
E finge não ver o óbvio e cotidiano assalto
Pelos detentores do poder vilmente praticado.
Vende-se, pois, a troco de dinheiro roubado
E chafurda com os porcos na lama da corrupção
Assassinando a ética e a moral nessa podridão.
Cícero – 26-01-2017