Viva Terra

Deixa-me sentir o silencio das alamedas vazias

O cair indolente da madrugada hoje faceira

O revirar do brilho das estrelas em harmonia

E o vento cuidando doce das letras videiras.

Deixa-me revirar meu avesso como uma pluma

Nas folhas ainda brancas do amanhã latente

Enquanto faço ensaios da meia luz vagamente

Nas redomas do eu a viva terra, fértil perfuma.

Talvez a voz liberta revigore o sonho das linhas

Nos traços retomados os desejos cultivam

Leves acrobacias fluindo as chamas revivam

Tingindo os campos vão colorindo as vinhas.

Enfim tua voz de letras sempre fremente

Aquecem alma ao som da rima no poente.

Marli Franco
Enviado por Marli Franco em 05/02/2017
Código do texto: T5903014
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