TRISTE FINAL DE OUTONO

A noite vem espraiada

num grito de amargura,

uma dor codificada,

doença que não tem cura.

Sofrimento confinado,

prisão de celas diversas,

o tempo passa apressado,

as esperanças imersas

nas incertezas advindas.

Que se apresente esse sono

às trevas, ao abandono.

Uma vida desprovida,

toda ela consumida

num triste final de outono.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 13/02/2017
Reeditado em 13/02/2017
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