Ladrão de poesia
Já vai distante o tempo que a paixão
rondava, nas esquinas deste mundo,
a procurar o amor de um vagabundo
que, como eu, vivia em solidão.
Eu era pouco mais que um ladrão:
um vate a roubar, da poesia,
a arte, que no verso se escondia,
enquanto eu procurava inspiração.
Já tão distante (quase eternidade),
o tempo envelheceu minha vontade
e o que roubei outrora não me serve.
Hoje, sou um poeta de partida
a mendigar um verso que, na vida,
foi sonho de paixão, inda que breve.
Já vai distante o tempo que a paixão
rondava, nas esquinas deste mundo,
a procurar o amor de um vagabundo
que, como eu, vivia em solidão.
Eu era pouco mais que um ladrão:
um vate a roubar, da poesia,
a arte, que no verso se escondia,
enquanto eu procurava inspiração.
Já tão distante (quase eternidade),
o tempo envelheceu minha vontade
e o que roubei outrora não me serve.
Hoje, sou um poeta de partida
a mendigar um verso que, na vida,
foi sonho de paixão, inda que breve.