Post Mortem

As mãos de lapidadas estruturas,

— Em entretons palidamente frios —

Expunham invernais temperaturas

Prostradas entre rendas e atavios.

Aos seus cabelos de ondulados fios,

Pairava o olor de brancas flores puras,

Dispersas nos estofos tão macios

De um féretro de ilustres talhaduras.

Pelos vitrais do templo, parcialmente,

Uma luminescência alvorecente

Banhava a sua face enlanguescida,

A revelar feições de paz e sono,

Como uma típica manhã de outono,

Gelada, silenciosa, adormecida...

18 de Outubro de 2013

*Reescrito em Outubro de 2023

Derek Castro
Enviado por Derek Castro em 30/06/2017
Reeditado em 26/10/2023
Código do texto: T6041735
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