EU, EU MESMO (soneto)

Eu, nos cansaços, as saudades

quantas as lembranças estilam

que o passado no exato pilam

assim, cheios de passividades

Afinal, tudo no tempo expilam

eu, eu mesmo nas fatuidades

duvidei, imperfeito, vontades

me levaram, na baixa bailam

Pois tudo é eu, sem metades

eu sou eu, e nada anteviram

e do meu eu, sai as verdades

E eu, que no eu, me inspiram

dele um passado, variedades

que do uno eu, “áses” extraíram

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, julho - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 20/07/2017
Reeditado em 30/10/2019
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