AFORA DA JANELA (soneto)

Plumas de nuvens no céu profundo

De Brasília, alvos lençóis esvoaçantes

Se desfazem num piscar do segundo

Ao sopro dos áridos ventos uivantes

Ali, acolá, riscando devaneio facundo

Na imaginação, e sempre inconstantes

Vão e vem tal desocupado vagabundo

Ilustrando o azul do céu por instantes

Em bailados leves e soltos, voejando

Na imensidão do horizonte em bando

Vão em poesia na sua versátil romaria

E num ato divino, faz-se o encanto

Tal como flâmulas por todo o canto

Tremulando no cerrado com euforia

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, junho – Brasília, DF

copyright © Todos os direitos reservados

Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 25/07/2017
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T6064640
Classificação de conteúdo: seguro