DESPEDIDA

Foi um longo tempo de penúria;

Prisioneira que estava a teu semblante.

Ruminava em mim a dor e a sepultura

E minh'alma penava suplicante...

Ó amado de minhalma,

A dor maior que a dor do abandono,

É a dor de perceber que ainda te amo;

Amor que em mim lateja e não se acalma.

Tua ausência desgostou - me a vida;

O sofrer e o morrer me dominavam;

Invadiam meu ser como ferida.

Passa - se o tempo e finda a solidão...

O amor se acalma e nesta despedida;

Secam - se as lágrimas e aquece o coração.

Nair Marques
Enviado por Nair Marques em 28/07/2017
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