Vulto

Trajando um estranho luto,

Mas rodeado de perfume...

Que marca o rastro de seu vulto,

Em seu gesto incólume...

Parece um ser da necrópole, perdido,

Mas não tenho medo de lhe sentir...

E ouvir seu coração por outro banido,

Batendo forte, sem querer desistir...

Mas é apenas um vulto,

Com quem estranhamente luto,

Na busca de lhe ver...

Talvez por medo de me reconhecer,

Escondido na transparência,

E fazendo notar sua existência...

Marco Ramos
Enviado por Marco Ramos em 14/08/2007
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