Partiste para a Guerra

Partiste para a guerra do nada

Deixaste um amor e teus pais

Tua alma triste e debilitada

Enfraquecida de tantos sinais

Mutilaram-te, o corpo e a mente,

Impotente, tu nada podes fazer,

Cumprir ordens rigorosamente…

Marchar, marchar, é o teu dever

No teu poema, uma estrofe falaz

Onde a esperança respira e um dia,

Num choro convulso de alegria

Abraçarás, aquele amor ardente

Por quem afugentaste a morte

E veemente, criaste a própria sorte

Cecília Rodrigues

Julho_2007

In_Fragmentos do Tempo

Cecília Rodrigues
Enviado por Cecília Rodrigues em 16/08/2007
Reeditado em 16/08/2007
Código do texto: T610485
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