SEGREDO

Guardo comigo o arcano do meu pranto...

Não posso abrir, jamais, meu coração!

Digo-te, só, que em minha solidão,

Ele soa como notas de um canto!

Lírico amor nascido de um encanto,

Que senti ao pegar em tua mão!

Foi testemunha da rara emoção,

A lua que rondava o etéreo manto!

Mas, é preciso que eu guarde segredo...

Que ele não passe apenas dum enredo

Encenado num palco de ilusão!

Não pense que é desprezo ou desapreço...

Não te conto o mistério e pago o preço

Num soneto que rasga o coração...

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 07/10/2017
Reeditado em 05/08/2019
Código do texto: T6135593
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