Perigos
Eliane Triska
Os vendavais noturnos varrem vivos
O chão dos sonhos onde as almas dormem.
Ao seu furor,se somam os cativos,
Que se replicam quanto mais se encolhem.
Derrubem as estrelas! Diz o vento.
Que morram as canções e suas glórias!
Ninguem tem permissão para o bom tempo
E, fique entre nós dois: eu e a história.
Ó mundo, aonde vais eu te pergunto?
Se o sol anoitecer a vida cala.
O homem não será mais que um defunto
A carregar pedaços de agonia
Bem junto ao peito, onde o sol se embala,
Por fazer nada enquanto o amor morria!
outubro/2017