SONHO

O chapéu de poeta vestirei

Portar-me-ei solene como os doutos

Mas livre como o mais louco dos loucos

E os mais líricos versos versarei.

Das estrelas e lua, cantarei

Os sorrisos cintilantes e moucos

E dos namorados os beijos roucos

Que impudentemente contemplei.

Despojado deste vívido sonho

Lamento num irracional apelo

E ansiando uma vez mais revivê-lo

Versos oníricos ora componho.

Ingenuidade de poeta – suponho –

Pois, desperto, me acho num pesadelo

George Gimenes
Enviado por George Gimenes em 24/11/2017
Código do texto: T6180901
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