Soneto para tia Elzira

Na vida, tantas vezes, às centenas,

Quisera tivessem sido milhares....

Partilhamos, enfim, nossos pensares,

Té que um dia ela se foi – que pena!

Repousa, agora, doce e serena,

Na grandeza de tão distantes ares...

Em novo mundo sem terras, sem mares,

Sem dor – e rico de beleza plena.

Se a ovelha sumida e encontrada,

Ao Pastor valeu a glória extrema,

Como se lê nas belas escrituras,

Àquela que ao amor sempre afinada

Nele conviveu sem qualquer dilema,

Decerto, os céus lhe darão ventura.