ACRÔMICO

Vai com o ocaso, as cores semimortas,

Trazendo à alma, as sombras inclementes,

Matizes dúbias, cenhos negligentes,

De pensamentos e imagens absortas.

Intransigente, um pouso em vias tortas,

Sobre a tumba, aos sons irreverentes,

A ave soturna agoura, faz-nos cientes,

Do sepulcro que a todos abre as portas.

Num clima casto, as velas tremulando,

Consagram preces, sobre o chão cinéreo,

E a face oculta, aos poucos se mostrando...

A foto antiga, o tempo maquilando,

O frio semblante, em tom de aspecto céreo,

Num pífio fim, de cores descorando.

Interação ao belíssimo soneto INCOLOR, do exímio

POETA CARIOCA.

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Bela interação do poeta jbJOAOBATISTA. Grata!

A cada frase se desenha

A fúnebre revelação enfadonha

Da história melancólica tristonha

Da vida terminada, data venha

No túmulo e última morada

Jaz da vida sem existência

Onde eterna será a permanência

Pois não continuará sua estrada

Aquele corpo sem missão

Já abandonado da alma

Se determinará, após putrefação

Caso haja alguma ressurreição

Através de provável reencarnação

Em nosso corpo e coração

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 13/12/2017
Reeditado em 14/12/2017
Código do texto: T6198392
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