Boca fulgaz e profana
Boca, fulgaz e profana
Se até os brutos também ama
porque que não ama um poeta
sentirás o calor que se projeta
dessa boca fugaz e profana
Deitado no manto da saudade
adormeço no meu desengano
essa dor que tira os meus planos
carrega pro berço da maldade,
Se trago a incapacidade
de beber na fonte desse amor
Seguirei nos braços da maldade,
Vivendo sem sentir o teu calor
andando nas curvas da saudade
Recordando teus dias de furor.
João Moura/Natal RN