Nunca é tarde para o perdão

Perdoa, criança, este que em outras vidas

Te abandonou, cruel e egoísta, ao léu

Já foram tantas as chegadas e partidas

E tantos olhares pedindo perdão ao Céu.

Perdoa, criança, este que em outras existências,

De seres feliz, ceifou-te a esperança

Já foram tantas vontades e desistências

E teu semblante ainda não saiu da lembrança.

Hoje, consciente do crime em remoto passado

Prostro-me, arrependido, de joelhos ao chão

E espero, talvez sem merecer, por ti ser perdoado.

Sei que em algum momento me virás ao coração

A chance de amar-te como sempre ter sido deveria

Pois tua vinda será minha redenção e plena alegria.

Cícero – 30-12-17

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 30/12/2017
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