Coito

A violência do pensamento

Precede o escárnio da carne.

E nas noites lascívias perene

Torna-se o espírito do alimento.

O riso orquestra a marcha da fome!

A carne arde. Seu olhar avida.

Meu sussurro, seu beijo, jazida.

A fera frenesia o que come:

Cavalgando a esmo, crinas ao vento,

Poreja o êxtase do seu íntimo

E verbaliza os seus sentimentos.

O orgasmo orquestra a marcha do espasmo!

A carne esfria. Os pulmões arquejam.

Os nossos pares de olhos valsejam.