QUEM PODE?
Trago na alma muitos soluços
E no fundo do espírito dores doídas,
Lago das marcas em blandícias envolvidas,
Das feridas provocadas nos rebuços.
Os olhos que se põem marejados,
Os sentimentos corados e pejados
Das retóricas geradas na maldade
E estribadas na falta da Verdade.
Quem pode estender a mão?
E ver com os olhos do coração
Para chorar com o que chora?
Muito mais fácil e dizer: Não!
E explodir só pura emoção,
Pois não dói em quem está fora!...