Mortalha.

Fechei-me na mortalha da fé.

E pensava estar viva.

Fugi do pensamento poético

E quase morri.

Não temo a morte, porém temo viver.

Ao fenecer serei feliz: Penso.

Acho a vida sôfrega e miserável

E a morte um caminho a seguir

Vem senhora mortalha me encerre

Eu serei vencida, mas não derrotada.

Serei a bruma da alvorada...

Que ruma para o desconhecido final

E mesmo que este não seja igual

Ao que me prometeram (os dogmas): irei.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 03/03/2018
Reeditado em 15/11/2019
Código do texto: T6270014
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