Ele estava de olho é nas cadeiras dela

Cordas que vibram música não amarram burro

em cerca, não atolam carro que empurro

em dia de tempestade em viagem para a roça,

não fazem a piada de mau gosto em troça

de mau gosto, mas riem quando faço cócegas

c’ os dedos calejados de tanta poesia,

que tocam as saudades e, hoje, o dia a dia

de tanta dor contente vinda de cabra cegas

de quando olhos vendados eram brincadeiras

de estender os braços a tua procura,

por contentar-me em ser apenas noite escura;

mas fel se tornou mel em dança das cadeiras

quando restava a última e sentamos juntos,

você por cima, bela, jovem e com que cadeiras!

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 17/03/2018
Código do texto: T6282551
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