Ele estava de olho é nas cadeiras dela
Cordas que vibram música não amarram burro
em cerca, não atolam carro que empurro
em dia de tempestade em viagem para a roça,
não fazem a piada de mau gosto em troça
de mau gosto, mas riem quando faço cócegas
c’ os dedos calejados de tanta poesia,
que tocam as saudades e, hoje, o dia a dia
de tanta dor contente vinda de cabra cegas
de quando olhos vendados eram brincadeiras
de estender os braços a tua procura,
por contentar-me em ser apenas noite escura;
mas fel se tornou mel em dança das cadeiras
quando restava a última e sentamos juntos,
você por cima, bela, jovem e com que cadeiras!