Dentro da sombra estrela beija-me a boca

Quando a sombra dos pés não forem pegadas
em um círculo íntimo as todas luzes foscas
em que o escuro e o claro te enlevas e enroscas
retornarás o gesto entre as mais elevadas

marcas de batom rubras que aumentam os lábios
e abrem o livro a gosto como se fossem pernas
que abertas dão leitura desses alfarrábios
que são os erotismos palavras eternas

de pés feito brinquedo a alisar canelas
de entretecidos dedos que não são mais pés
porque mãos alcançaram corpo como um todo

desde a margem do rio com seu fresco lodo
até o gozo terno dos amantes fiéis,
que com palavras belas fazer ver estrelas.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 19/03/2018
Código do texto: T6284113
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