Filho da Rua

Há naqueles olhos uma tal dor

E em seu sorriso uma ansiedade.

Lembra-se da "cola" vai pra cidade;

Suprir a revolta, do desamor!

Perambulando vá para onde for,

Ôco de gestos, amor e piedade.

Urde loucuras sem liberdade,

Sua alma arde, vive sem calor!

Envolto em simples vestes ele nasceu;

No ócio de seus dias, mendiga:

Cheirando "cola" entra em seu apogeu;

Tem mãe...pai...mas não tem quem o abrigue.

Pois foi o destino quem o escolheu:

Ser filho da rua, em dias de breu!

Cecília Rodrigues

Cecília Rodrigues
Enviado por Cecília Rodrigues em 30/08/2007
Código do texto: T631264
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