Eu me escrevo em poemas todos os dias

Eu me escrevo em poemas todos os dias

E escrevo muitas outras pessoas também,

Os meus sentimentos, as minhas crias

Nestes versos que eu conheço tão bem

O que pensas sobre eles, tu que me espias?

Um deleite guardado, alguém tem?

Ou uma fúria que não ultrapasse as vias

Do meu pobre coração, vocês sabem...

É completo o sofrimento da poesia

Transborda o suficiente tanta agonia

Espero que seja gentil comigo...

O tempo passa e a cicatriz continua

No escuro da minha pele nua,

Até que eu faça de abrigo, o jazigo.