ÊNFASE SUTIL

Agora sou como um livre pardal!

Fui rejeitado, humilhado e moído;

Havia desejo de ver-me destruído,

Mas voei como pássaro sobre o mal.

Recebi asas de águia para voar

E até as nuvens choraram comigo,

Tive os passarinhos como amigos

E estes calados, recusaram cantar.

Mas gaivotas gemiam com minha dor

As ondas só rolavam não havia sabor

Ria em espuma o mar, um riso inútil...

Com tom sombrio se foi o entardecer

Isto ensina que depois vem o amanhecer,

A vida continua, percebi a ênfase sutil...