Num sem fim. soneto

Na sensação em que vivo nesta peregrina caminhada

Vejo nos constantes caminhos que me levam até você.

Apenas rastros dos meus passos, ficam como marcas

Para mostrar a saudade o quanto busco por você...

Como um andarilho sem destino, caminhei por noites.

Dias e também por madrugadas. Rudes, frias e geladas.

Sem contemplação! E a visualizar os caminhos vazios

E as esperanças enfraquecidas nas íngremes estradas.

Ainda assim fugidos raios de sol me acompanhavam

Pelos caminhos deteriorados e empoeirados a empoeirar

Minhas vestimentas surradas pelas constantes passadas.

A indivisível e extenuada visão que se ofereciam, abriam!

Alentos renovados e literaturas faziam, sonhos aparecerem:

Na orla dos pensamentos múltiplos e abraçar-te num sem fim.