CLARA GOTA DE VENENO

Pequenos sopros de vento

Viram grandes tempestades

Devastam partes do mundo

Secam todos os mares

Vejo perigo no rosto

Que me diz amar

Veneno, no gosto amargo

Da boca que me vem beijar

Diante do frio impasse

E do céu agora cinzento

Não há possível desenlace

Só uma gota clara de veneno

Diluída no rubor do vinho tinto

Fará o coração novamente sereno. . .

- em 20/21/maio/2018, por Hans Gustav Gaus, Almirante Holandês, completamente desorientado, navegando dentro da noite fria de Madureira -