Imperfeito soneto do medo

Tolos os que se arvoram a dizer que nada temem

Pois se descuidam dos perigos que a vida traz

E se iludem com as conquistas fáceis

Que não exigem esforço, nem provocam suor.

Tolos os que vivem amedrontados

E pelo medo sentido deixam de viver

Fazendo dele uma redoma que não protege

E, se protege, não deixa evoluir.

Corajosos os que respeitam o medo

Mas não deixam de enfrentá-lo

Pois nisto consiste a verdadeira coragem.

Mais tolos ainda os que exploram o medo alheio

Dele se alimentando e regurgitando

O próprio medo que teimam em esconder.

Cícero – 26-06-18

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 28/06/2018
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