Arte by Anna Paes


Sinos
Eliane Triska



Sons desérticos, pairam nas cavernas
Às sombras silenciosas das areias.
A  alma que as adentre, desgoverna,
E afunda-se na dor sem ver-se inteira.


Som puro, forma a estranha substância
No homem que curou o seu destino,
Do amor, numa mulher em abundância.
Versos que tangem... Tangem... O menino.


Sons futuros, são partes das montanhas
Que colhe cada homem na escalada:
Pão e pedras e tudo mais que apanha.


E a minha porta, por mais que eu ignore,
As cartas do destino dizem nada,
Há um cântico tão claro:  Não demores!...

Agosto/2018



 
Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 08/08/2018
Reeditado em 29/12/2018
Código do texto: T6413389
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