Jane, a mulher madura, a odalisca e eu
Te esperei uns cinquenta anos, meu amor,
desde a primeira vez quando fantasiada
de odalisca a tive e provei o teu calor
num momento fugaz em que lhe causei dor
durante a alegria em ti carnavalesca
de me oferecer o beijo e a mão
quando me disse sim e eu te disse não,
um não bem mentiroso de psique dantesca,
que me largou de ti reencontrada agora
na pele de outra moça quando já sou coroa
e já não tenho nada que em tua alma doa,
quando vamos levando hora após hora
uma mútua ajuda que tem sido boa,
enquanto Jane nunca chega numa boa.
Te esperei uns cinquenta anos, meu amor,
desde a primeira vez quando fantasiada
de odalisca a tive e provei o teu calor
num momento fugaz em que lhe causei dor
durante a alegria em ti carnavalesca
de me oferecer o beijo e a mão
quando me disse sim e eu te disse não,
um não bem mentiroso de psique dantesca,
que me largou de ti reencontrada agora
na pele de outra moça quando já sou coroa
e já não tenho nada que em tua alma doa,
quando vamos levando hora após hora
uma mútua ajuda que tem sido boa,
enquanto Jane nunca chega numa boa.