Ilha
Um lado meu não é o espelho doutro
é rima anagramática, disse o doutor,
bom psicanalista que sabe das cousas
dissecada ao fim na mais fria das lousas,
não é o espelho do outro porque há o bem
e o mal que é maldito e quer falar também,
o equilíbrio da ilha está em flutuar
sobre o que há submerso nesse imenso mar
onde é a solidão que faz nascer o canto
que quando não entendido causa espanto
em quem sem paciência fica surdo
fazendo haver na ilha um tremor e tanto,
o que flutua é o pensamento ou o pranto,
que são semente e chuva sobre o absurdo.
Um lado meu não é o espelho doutro
é rima anagramática, disse o doutor,
bom psicanalista que sabe das cousas
dissecada ao fim na mais fria das lousas,
não é o espelho do outro porque há o bem
e o mal que é maldito e quer falar também,
o equilíbrio da ilha está em flutuar
sobre o que há submerso nesse imenso mar
onde é a solidão que faz nascer o canto
que quando não entendido causa espanto
em quem sem paciência fica surdo
fazendo haver na ilha um tremor e tanto,
o que flutua é o pensamento ou o pranto,
que são semente e chuva sobre o absurdo.