Soneto do Eles não!

Vou brincar de esconde-esconde a vida inteira,
vou esconder meu voto numa urna amanhã,
certo de que não há uma nova manhã,
hoje em dia essa é verdade eleitoreira,

sempre votei no útil ou no desnecessário,
mas hoje voto não, voto mesmo no inútil,
meu voto não tem preço e nem é sutil,
voto para tentar não ser não ser só otário,

ladrão é sempre ladrão, fascista é fascista
e o eleitor precisa ser mesmo é o artista
que do país não desista porque possui coração,

se roubou a merenda de criança: Ele não!
Se apoiou a tortura diga: Ele não!
Só assim o futuro não irá turvar tua vista.
Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 06/10/2018
Código do texto: T6469362
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