Soneto XVIII _Falando de segredos

Tere Penhabe

Segredos que povoam mundo e vida,

São guardados também depois do após.

Para quem confiamos nossos nós,

Nenhuma acusação será devida.

Alma que injustamente entristecida,

Na ingratidão dos que se sentem sós,

(Que fazem do seu medo o próprio algoz.)

Acabam pondo brasas na ferida...

E revelam segredos sem ciência,

Sem qualquer sombra de maledicência,

No desespero simples de o conter.

Se é culpa o seu segredo, guarde-o bem!

Não tente partilhá-lo com ninguém.

Do que plantaste, é o que irás colher!

Santos, 03.04.2007

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