SER COM VALIA (soneto)

Sou o devaneio que crasta, que crasta

Sem governança, sem fim, sem medida

Vou empurrando a ventura que arrasta

As vaidades, isolando o mérito da vida

Sou o tempo no tempo que vergasta

Os segundos, e os pondo de partida

E em cada minuto o minuto se vasta

Formando o destino na direção parida

Nada pode cessar os meus danos

Tão pouco modificar esta corrida

Passo adiante, assim vão os anos!

E nesta tal avenida, tudo é ousadia

Pois a temporada é muito reduzida

E ser, a única importância de valia...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Outubro de 2018 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/10/2018
Reeditado em 16/03/2020
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