PAÍS DE EVANGELHO

Nunca alonguei o olhar a um lugar santo

Em que Buda pregou ou conviveu

O Mestre mais perfeito ou onde nasceu

Maomé em seu berço sacrossanto.

Aos areais de Meca ou ao encanto

Da Capela Sistina ou ao mausoléu

Do Taj Mahal erguendo-se ao céu

E que do amor real fez-se recanto.

Mas em sítios de mel e de fartura

Estanquei os meus olhos e a loucura

Da solidão de sal do Mar Vermelho.

E assim, as maravilhas são migalhas

Que acha quem não vê as santas muralhas

De teu corpo, país de Evangelho.