ASCO DA ALMA

Desprende da boca a palha

Qual sussurro derradeiro?

Do nó que açoita a falha

Predomina no vezo inteiro.

Narina coberta azeda

– ofusca – da veste ao pio

Sereno à sereia leda

Cremosidade... ar no cio

São segredos que da corja falam

Os marcados e doces perigalhos

Quando a alma os olhos calam.

Presença de esgoto em estojo

Quando cola à face o espelho

Lembrança vil... quanto nojo!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 11/09/2007
Reeditado em 06/05/2008
Código do texto: T648469
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