OUTUBRO CINZENTO

Outubro veste-se d’um cinza escabroso

E o futuro que prevemos é incerto,

Porque o mundo, de bondade está deserto

E nós pisamos em terreno perigoso.

A velha dicotomia já não existe,

A escolha agora é entre o ruim e o pior.

Há quem preveja a volta de Sobibor,

Cuja triste memória ainda persiste.

Nas costas de cada um, uma sentença,

Com suas próprias mãos escolhe o seu destino.

Não será o que deseja, vença quem vença.

Diante de tudo só tenho uma esperança,

É de que no futuro alguém me convença

Que o mal não é tão feio como a gente pensa.

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Baseado no poema VÉU DE OUTUBRO, do Poeta Carioca.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 24/10/2018
Reeditado em 24/10/2018
Código do texto: T6485030
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