Oh! Esta vida merencória
Oh! Esta vida, merencória, esta vida,
que rompes em meu peito como um grito.
Lembra, em noite luminosa, entristecida
à estrela que fulguras no infinito.
Era tarde e eu distante e solitário,
novamente no silêncio sepulcral...
Sentias em minh'alma ubiquitário,
o poder do sentimento universal.
Era à saudade essa ave venturosa,
que encantas e deixa tristurosa,
à matéria neste efêmero viver.
Há de sentir, na fria noite, à lembrança,
com dolências e de rosas à fragrância,
pra alegrar-te ou talvez lhe entristecer.