Ah! Essa saudade
Ah! Essa saudade que hoje trago,
no meu peito e que me confortas.
É mansa igual um lago,
que levas, em tuas águas, às folhas mortas.
É como o verso sentido,
que rompes na alma silente...
Deixando no peito dorido,
às notas que vibram no sol nascente.
Mas vem à dor como o astro,
soturna a deixares teu rastro,
no vale obscuro do coração.
E novamente irei quando anoitecer,
impetuosa, sentir, me tecer,
o teu manto na solidão.