Soneto livre sobre a métrica

Não me preocupo em versos medir

Meu gênio não chega a tanto

Prefiro a naturalidade do sentir

Pois a poesia não perde o encanto.

A métrica é para gênios de alta monta

À estirpe de Bocage, Bilac, Camões

E tantos outros a quem a técnica não amedronta

Pois foram além das formais prisões.

A métrica, para quem não a doma com talento

É artifício inútil, fútil e obscuro

Que da poesia elimina o sentimento.

por isso, dos meus versos não faço escansão

Não tenho fôlego para transpor este muro

E prefiro o espaço livre entre poesia e emoção.

Cícero - 29-11-2018

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 30/11/2018
Reeditado em 02/12/2018
Código do texto: T6515633
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