Surges no infinito

Surges no infinito, eu vejo, teu candeeiro,

alumiares aqui neste sagrado solo.

Onde tu vistes de muitos o derradeiro,

suspiro, findar-se, sob teus olhos.

Lágrimas, tantas angústias e mágoas,

passaram por estes campos...

Levadas por estas águas,

e embaladas pelo teu canto.

Escutas tua harpa os seres da noite,

que vagam por esta terra, de paz e açoite,

que andam por estes prados...

E sentes por dentro sangrar-te lhe indo,

o caminheiro, que andas ferido,

com teus punhais no peito cravados.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 06/12/2018
Reeditado em 21/01/2019
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