Nesta estrada vão os sonhos mundo afora
Nesta estrada vão os sonhos, mundo afora,
e às notas merencórias da saudade...
Vibram, n'alvorada, os sinos de outrora,
e no peito, bradas, à felicidade.
Nesta estrada o homem chora,
solitário, na fria soledade...
De uma dor, que por dentro, o devora,
essa dor, é à mágoa, que por dentro lhe invade.
Há um silêncio no infinito... Agora
o astro que surges na aurora,
no ocaso está prestes a partir...
Em tons dourados, vai seguindo, teu caminho,
igual a ele, tu, também sozinho,
o teu caminho há de seguir.