Oh! Dor que vens na atra solidão

Oh! Dor que vens na atra solidão,

assim, como à sombra e o ar...

Que me segues, na estrada, na escuridão

da noite, sem estrelas, e sem luar.

Vem, silenciosa e com calma,

como à névoa caindo e o sereno...

Nos vales e prados, na alma,

tu cais, e por dentro, espalhas o teu veneno.

Faz frio, mas tu não partes, e eu só,

pensando enquanto tudo não vira pó...

- Na lágrima última que escorre...

No suspiro derradeiro,

que se finda, como à luz de um candeeiro,

quando o homem um dia morre.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 16/12/2018
Código do texto: T6528712
Classificação de conteúdo: seguro