Fogo em brasa
*Meu primeiro soneto.
Te olho neste momento à luz do instinto selvagem
Tenho sede do desejo que escorre em sua boca
Que pouco a pouco me derrete, diga-se de passagem,
Fazendo jus dos meus delírios, me deixando louca
Quando me entrego às suas mãos de pura sacanagem
Na margem da volúpia do êxtase que me consome
Vejo-te assim tão firme... (homem de coragem)
Lobo é seu apelido, libertinagem é seu nome
Nos lábios me conduz em brasa, através do próprio tempo
Devorando-me em seus desejos, quase que me matando
Como um cão que me fareja em busca de alimento
Não é por que faz frio nesses ímpetos de saudade
Que meus lábios não estão em chamas a te suplicar
Por um pouco de frescor que em mim gera vontade