À RAINHA DO MADEIRA

As águas do Madeira, reverentes,

osculam teus barrancos, tuas matas,

deslizam sobre ti turvas correntes

que vêm desde as andinas cataratas.

Regalos para corações ridentes,

os troncos, peixes, botos acrobatas

invadem as retinas, tomam lentes...

Por isso e muito mais tu me arrebatas!

Decanto-te as feições, nutro a ledice

de quem, aqui nascido, vê cenários

merecedores desse e doutros preitos.

Amada Porto Velho, se não visse

de perto essa beleza, imaginários

presumo que seriam imperfeitos.

_____

Mais um canto à minha terra.