Eterno Caminheiro

A crença que vibravas, a crença d'outrora,

o sonho, que era como um lírio tão belo...

Triste pranteia, a crença, no peito estertora,

e o sonho, murchastes como o lírio amarelo.

Vem a dor noctâmbula vagando pela rua,

solitária fera qu'alma devora...

Silente e misteriosa, ó, como à lua,

que das negras trevas pálida aflora.

Em cada canto da saudade um vestígio. Em cada

canto um vestígio da saudade...

- E o homem, eterno caminheiro nessa estrada...

O homem, planta teus sonhos neste solo,

neste que ri e chora, vai na frialdade

um dia repousares em teu colo.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 18/02/2019
Código do texto: T6577898
Classificação de conteúdo: seguro