Sidérea contemplação
Eu me senti amada sob a luz que reluzia
Secreta e subordinada ao manto do luar
Ludibriosa estrela me piscava e sorria
Cultuada pelo notívago mistério lunar
Em cerimônia de surrealismo poético
Atenta à vida nas minúcias do eterno
Admirei sedenta cada astro hermético
Que me acolhia em puro abraço fraterno
A vida é etérea nas mãos do infinito
Quando o tempo é doado à imersão
No espaço é poema e na vida um mito
Sabe-se então que no fiel ato descrito
Revela-se o intento da contemplação
Pois é deveras a vida um suspiro aflito
@caroliricocats
@la_gorjeando