posfácio
no limite entre o silêncio e a palavra
o poema espera respirando
o perfume dos momentos
o sabor dos lugares
nas texturas da claridade
nuvem sombra e estrela
vão florescendo paredes
esse livro esse quarto
o poema nunca dorme
o poema nunca sonha
invisível como a luz
vemos só seu sofrimento
ao produzir o visível imagens
que se perdem no mundo anonimamente