Nesta Terra
O céu é calmo como o mar sem tuas vagas...
O horizonte é um manto de tom vário...
As sombras andam nas colinas, e nas fragas,
o pássaro, que canta é solitário.
Hei de sentir, ó esperança, nesta ida
tua mão bater em minha porta...
Até que venhas cabalística a dama que a vida,
ceifa, como a foice, que o trigo um dia corta.
Os meus olhos, vê-los, neste lago onde olharam
certa tarde, infinito, azul etéreo...
Nesta terra muitos sonhos já findaram...
Nesta terra vagas, o poeta, sem cantares,
vendo cruzes em um velho cemitério,
e sagrados, os santos, nos altares.