Luz do Luar

Caminhando lento sobre a luz do luar

Na neblina leve de hidrogênio

Lembranças se apoderam do meu gênio

Que me abstecem de continuar.

Eu agarro a este medo como quem

Viveu um pesadelo até ontonte.

Vi suicidar-se pulando no horizonte

A nobre, essência de alguém.

Sou como o escuro da noite e a Lua fraquejante;

Como a esperança que queima, arquejante

— Sou a corda que agarro, para me erguer.

E na noite que minha quietude dorme

Corro! Dá etérea forma deste caos disforme

— Carrego o eterno que em mim caber.